6 de jul. de 2009

Roma - última parada na Europa

Nosso trem estava marcado para sair de Siena às 09h50 com destino a Roma, via Chiusi (9,80 euros para cada um). Na verdade, partimos de ônibus de Siena até Chiusi, onde então pegamos o trem. Não sei se é assim normalmente ou se era porque a estação de Siena estava em obras. Até que foi bom o passeio, fomos conhecendo (de longe, mas foi) várias cidades na Toscana, como Arbia, Mezzavia, Vescona, Fontanelle, Asciano, Sinaluga (daqui segue-se para Florença ou Roma), Perúgia, Querce Al Pino e finalmente Chiusi. A viagem durou 1h42. O cenário é muito bonito (foto ao lado). São diversos pinheiros (aliás, acho que descobri porque as bolas de Natal são douradas. Os frutos desses pinheiros, de longe, também parecem ser dourados, mas de perto são marrons. Muito interessante), plantações, flores e diversos vilarejos mínimos com janelas piccolas, às vezes "perdidos" no meio do nada.

O trem de Chiusi para Roma durou mais 2h15 e finalmente chegamos na Stazione Termini. Isso não é uma estação, é um aeroporto dos grandes! Tem um shopping dentro da estação e uma multidão de gente chegando e saíndo. Fiquei impressionada com a grandiosidade da estação.

Nosso hotel era muito perto da estação, mas acabamos pegando um táxi por causa das malas. Pagamos 30 euros por menos de 1km! Depois que fomos descobrir que o maledeto era táxi pirata! No dia seguinte saiu uma matéria no jornal denunciando esses caras. Ele não tinha taxímetro e somente os legalizados o tem, além de uma placa de identificação nos carros. Ai que raiva! Essa corrida custaria no máximo 10 euros já com as malas. Fazer o quê... roubadas de viagem, acontece.

Chegamos ao Hotel Lazzari. Super bem localizado na Via Castelfidardo. Esse pelo menos tinha um elevador. Velho, daqueles que você tem que fechar a porta (grade) para ele funcionar, sabe? Dessa vez não tinham aquelas enormes escadas para o Eduardo subir com as malas. Hahaha

O quarto era grande, o banheiro pequeno, como todos, mas o café da manhã foi o pior de todos. Primeiro porque não era no hotel e sim numa padaria ao lado e depois porque era mínimo, não dava para nada. Horrível. Mas pelo valor e localização, valeu à pena.

Deixamos as malas no hotel e fomos direto ao Coliseu (entrada 12 euros por pessoas, se quiser audio guia paga mais 4 euros e não precisa ficar na enorme fila. De 9h30 às 19h30). É impressionante a grandiosidade deste anfiteatro, aliás tudo em Roma esbanja grandiosidade. Tudo é histórico, cheio e maravilhoso. Aqui vale comprar o passe Roma Card que custa 23 euros e dá direito a 2 museus e 3 dias de transporte coletivo ou 2 sítios arqueológicos (Fórum Romano e Palatino contam como 1 só e quem compra o bilhete do Coliseu automaticamente pode ir nos 2). O bom desse passe é que você não tem que ficar na fila que realmente é enorme e olha que não estávamos no verão, quando lota ainda mais.

Decidimos alugar um áudio guia em espanhol. Lá era o lugar que mais queríamos visitar. O símbolo do maior Império Romano (foto acima). Foi uma sensação incrível entrar por aquelas ruínas de 72 d.c. e imaginar 50 mil pessoas lá dentro vibrando com as lutas e mortes que ocorreram. Em cada trecho há uma história interessante. Lembram do filme O Gladiador? É aquilo mesmo. Dá para ver os nomes dos senadores em algumas cadeiras. Com imaginação você certamente viaja naquela época...

Cuidado com os "gladiadores" que ficam em volta pedindo para tirar foto. Eles geralmente cobram uma fortuna depois que você tira e ainda há alguns ladrões de carteira esperando você se distrair com eles. O local é muito bem policiado, mas é muita gente, por isso é bom ser mais cauteloso.

Saindo do Coliseu, passamos pelo Arco de Constantino (foto ao lado), erguido em 315 d.c. que está praticamente intacto. Entramos pelo lado esquerdo, começando pelo Palatino. Lá foi onde surgiu Roma e onde os imperadores moravam. Segundo a lenda, depois de matar o irmão Remo, Rômulo fundou uma vila no Palatino, hoje esse lugar chama-se Cabanas de Rômulo. Só lendo as placas para descobrir. Entre as ruínas ainda pode-se ver a bela vegetação que imagina-se ser o primeiro jardim botânico da Europa. Uma das partes mais bem conservadas é o Stadium, uma pista para exercitar cavalos e a Casa de Livia, parte da residência do imperador Augusto e de sua mulher Livia. Há ainda os pisos de mosaico e alguns afrescos nas paredes.

O Fórum Romano era o Centro da Roma Antiga (foto ao lado), onde se desenvolviam as atividades políticas, econômicas e religiosas. As ruínas foram aparecendo ao longo de décadas de escavações que se iniciaram no século 18 e ainda não acabaram. O local tem mais de 3 mil anos!

Na saída oposta ao Coliseu, Passamos pelo Cárcere Mamertino, uma igreja do seculo 16, onde acredita-se que São Pedro foi aprisionado.

É imperdível o Mercado de Trajano, em frente ao Monumento a Vittorio e Emanuele II (foto abaixo), que dá para ser ver de vários pontos da cidade (onde a Ilze Scanparini sempre grava suas chamadas na Globo). Lá era o que hoje podemos chamar de shopping center. O local abrigava mais de 150 lojas e escritórios, onde se vendia sedas e especiarias do Oriente Médio. Hoje há apenas sinais desta preciosidade. A Coluna (em frente ao Mercado) onde estão os restos mortais do imperador Trajano e de sua mulher está intacta.

Foram mais de 5 horas andando sem parar pelo Fórum, Palatino e Coliseu e ainda voltamos pela Av. Nazionale que tem uma enorme ladeira no começo. Sinistro (sisnitra quer dizer esquerda em italiano)! Ufa!