Para degustar a Cidade Maravilhosa

O Rio realmente é a bola da vez. Que a Cidade é maravilhosa, todos sabem. Mas a cada dia que passa ela tem ficado ainda melhor. Mais segura, mais linda e com mais opções deliciosas para degustar no melhor estilo carioca.

O Carnaval, que já tinha o posto de mais famoso, agora é o maior do Brasil, juntando o Sambódromo com os divertidos blocos de rua. O serviço, que sempre foi muito comparado à São Paulo (tido como o melhor e mais educado), está melhorando cada dia mais, com bares e restaurantes se proliferando e extraindo o que a cidade tem de único, incomparável, perfeito e absolutamente belo: a vista.

Hoje saiu uma matéria no Jornal O Globo, de Ludmila de Lima, perfeita para este momento e que vou extrair alguns pontos que já conheço e aprovo totalmente e outros que estão na minha lista para conhecer o mais breve possível. Eis então uma breve sugestão de bares e restaurantes com as mais fantásticas vistas da Cidade Maravilhosa:

. 7zero6: fica no 16o andar no hotel Praia de Ipanema, com vista deslumbrante da praia e da Lagoa. O bar foi inaugurado há pouco mais de seis meses e está aberto a hospedes e visitantes.

. Aprazível: este é um dos locais que está sempre na lista dos Top 5. o restaurante fica em Santa Teresa, local descolado do Rio. A vista chega até a Serra dos Órgãos. No mesmo endereço agora tem um espaço chamado Barroco. Segundo a reportagem a vista é realmente deslumbrante, pegando o Centro, a Baia de Guanabara e todo o seu belo entorno.

. Bar do Tino: também em Santa Teresa, tem uma bela vista do Pão de Açúcar e do Cristo. Bem no estilo "o bom e velho pé sujo" que os cariocas amam.

. Bar do Bira: esse tem uma comida excelente! Para quem gosta de frutos do mar é uma pedida deliciosa que pode ser combinada após uma manhã linda de sol na praia. O bar fica na Barra de Guaratiba (ir à Prainha e depois no Bira é uma ótima dica). O visual é da Restinga da Marambaia com toda a floresta emoldurando o mar. Espetacular! É um passeio para um dia inteiro e atenção: lá não aceita nenhum cartão de credito. Só débito ou dinheiro. É bom ir preparado porque você não vai achar banco por perto.

. Lagoon: este foi um presente para a Zona Sul. Depois de tantos anos fechado, o Estádio de Remo da Lagoa ganhou um merecido espaço gastronômico, com uma maravilhosa vista da Lagoa, do Cristo e da Pedra da Gávea. O melhor é que você pode ser servido por diversos restaurantes ao mesmo tempo, sem ter que escolher um especifico. Perfeito! É um ótimo lugar para almoço, jantar ou um simples drink na varanda.

. The View: fica no hotel Windsor Atlântica. Este está na minha lista para conhecer. A reportagem diz que a vista é deslumbrante do Leme, pegando toda a orla de Copacabana.

. Azul Marinho: fica num dos cartões postais preferidos dos cariocas, o Arpoador. Uma ótima dica para um drink, assistindo ao pôr-do-sol mais famoso do mundo. Também não conheço, mas já está na lista.

. Astor: um ótimo lugar para um drink no fim do dia, com a vista da Praia de Ipanema. Não é dos locais com melhor atendimento, mas sem ser muito exigente, vale uma visita depois de um dia maravilhoso de praia.

. Porcão Rio's: para mim é a melhor churrascaria que existe. Fica no Aterro do Flamengo e tem de tudo: comida japonesa, saladas, frutos do mar e uma deliciosa carne. Experimente a Rib Eye. Uma delicia! O robalo é divino e vale a prova. O atendimento é excelente (isso para mim é fundamental) e a vista... Bem, como o tema aqui é paisagens, nem preciso escrever que ela é deslumbrante.

. Círculo Militar: tem um restaurante com localização privilegiada, na Praia Vermelha. Aqui não dá para ser exigente com a comida, nem com o atendimento. Tem uns garçons que até se esforçam, mas tudo ali precisa de uma repaginada urgente. Mas no quesito paisagem é muito bonito, no pé do Pão de Açúcar. É um local interessante para tomar uma cerveja e comer um pastel, que é gostoso. E só. Depois, passear pela Urca e apreciar a vista na famosa mureta do bairro com uma cerveja estupidamente gelada (no carioquês, a famosa cú de foca). Tipicamente carioca.

Tem vários hotéis na Orla que tem bares e restaurantes com vistas deslumbrantes e são abertos para não hospedes. Mas não são muito divulgados.

Fotos: Aterro do Flamengo, vista Praia Vermelha (foto de Paulo César), vista Porcão Rio's, vista 7zero6 (foto do site).

Villa La Angostura

Setembro é um mês delicioso para ir à Europa, mas só tínhamos uma semana de férias e queríamos ir para perto, sem muitas horas no avião. Estava na dúvida entre Chile e Argentina, mas lembrei de uma cidadezinha linda que vi há muito tempo numa das milhares de matérias de viagem que guardo. Assim como Annecy, na França, morria de vontade de conhecer Villa la Angostura. Então... esse foi o destino escolhido.

 

Primeiro, vamos nos localizar: Villa la Angostura pertence à provincia de Neuquén, na Patagônia Argentina. Para chegar lá temos que ir para Buenos Aires e de lá pegar um avião para Bariloche. Villa fica a 83km de Bariloche e está a apenas 27km da fronteira do Chile.

 

Villa la Angostura é considerado um dos lugares mais bonitos da Patagônia e é onde começa o Caminho dos 7 Lagos. Bem menor do que Bariloche e San Martin de Los Andes, Villa é aconchegante, pequena, charmosa e com ótimos restaurantes.

Então, voltando à viagem. Passamos a primeira noite em Buenos Aires. Pela primeira vez ficamos em Puerto Madero e foi ótimo. A vista é muito bacana de noite e o hotel foi ótimo. Jantamos no La Cabrera, onde comemos a melhor carne das nossas vidas! E de fato o restaurante é famoso por isso. Pedi um bife de chorizo que foi maturado por 12 dias a 85% de humidade... um espetáculo. Mas é melhor fazer reserva. O restaurante é muito procurado por argentinos e turistas. São 2 e ficam em esquinas opostas em Palermo. Eu prefiro o La Cabrera Sur que é menor e mais aconchegante.

 

Palermo, diga-se de passagem, pra mim, é a parte boa de Buenos Aires. Senti a cidade muito abandonada e suja, além de cara. 

 

No dia seguinte pegamos o voo para Bariloche. Chegando lá, pegamos um carro alugado desde o Brasil pela Hertz. A estrada é ótima e o visual é lindo.

 

Villa fica exatamente do lado oposto de Bariloche, do outro lado do Lago Nahuel Huapi. Fomos percorrendo ele tendo as montanhas cobertas de neve ao nosso lado. Espetáculo.

 

Tem vários hotéis bacanas em Villa. Queríamos um em frente ao lago e com a montanha em frente. E foi o que conseguimos (veja reservas em Booking.com). Para comer bem, alguns nomes: Tinto (um bistrô espetacular), La Caballeriza e Nicoletto. Tem vários outros, mas esses foram recomendados como os melhores.  E vale lembrar: tudo é muito mais caro do que em Buenos Aires, mas nada que se compare ao Brasil, principalmente ao Rio de Janeiro.

 

Villa é um lugar para descansar, curtir o hotel, os restaurantes, a vista. Não tem nenhuma agitação. No centro, que pode se resumir a apenas uma única rua, tem umas lojinhas legais, muito chocolate, doce de leite e vinhos. O prato tradicional é truta. Villa é um dos maiores polos de pesca de truta da região.

 

Como este ano demorou a nevar, tivemos sorte, porque em nosso primeiro dia em Villa nevou muito! Fomos para Cerro Bayo, o centro de esqui de Villa. É bem pequeno e com pouca infra-estrutura. Subimos debaixo de muita neve, chegando lá comemos um waffle com doce de leite divino e bebemos um vinho da patagônia. E lógico, brincamos muito na neve!!!!

 

 

 

 

 

 

 

Arles

Saímos de Aix-En-Provence rumo à Arles, cerca de 77km de distância pela E-80. Num determinado ponto da estrada, que tem várias saídas, erramos o caminho e pegamos a N-1453. 

Era uma sexta-feira, dia de feira na maioria das cidades. Este engano nos levou à pequena Saint Martin de Crau, onde estava tendo a feira dos nossos sonhos, com verduras, pães, frutas, queijos, vinhos... era uma feira mista. Tinha até animal sendo comercializado, roupas, acessórios, discos... tudo o que se pode imaginar. Nos deliciamos com os produtos locais. Foi maravilhoso. Essa é uma das vantagens de alugar um carro... você se perde para achar uma bela surpresa.

Feira em Saint Martin de Crau

Muitas opções de azeitonas!

Voltando à estrada, rumo a Arles, há 18km apenas, ainda pela E-80. A cidade foi fundada pelos gregos em 600 a.C e mais tarde dominada pelos romanos. Já dá para imaginar a herança arquitetônica do lugar...

Arles possui um anfiteatro romano incrivelmente preservado. Chama-se Les Arènes e que ainda comporta 20 mil pessoas para apresentações de touradas e outros espetáculos. Ao lado fica o Théâtre Antique, em ruínas, mas que também recebe alguns concertos e o Festival de Arles, no mês de julho. 

Arles foi a cidade onde Van Gogh pintou diversas paisagens. Há uma fundação em sua homenagem, mas assim como Cézanne em Aix, Arles não guarda nenhuma pintura de Van Gogh.

Todos os pontos ficam numa mesma zona, mas a cidade é grande. Nos concentramos no anfiteatro  e no quadrilátero da Place de La Republique. Paramos o carro num parking bem em frente ao Jardin D'Été, na Boulevard des Lices e exploramos tudo a pé.

Place De La Republique

Cloître Saint Trophime

 

Amphithéâtre

Por dentro do anfiteatro

Ruínas do Théâtre Antique