16 de jun. de 2010

Maratona porteña

Passamos 4 dias inteiros em Buenos Aires. É um tempo razoável. Depende do seu objetivo. Dá para ficar mais, com certeza e curtir com mais calma cada lugar. Menos é muito pouco. A não ser que você vá apenas para passar um fim de semana romântico... em restaurantes maravilhosos e hotel idem. Não era nossa programação. Eduardo não conhecia e queria levá-lo nos pontos principais de Buenos Aires. Então vãobora!

Começamos pela Catedral Metropolitana (entrada gratuita, das 9h às 19h). Não parece, mas é uma igreja. Foi construída no século 18. Lá que fica o mausoléu de San Martin, o general que proclamou a independência da Argentina. San Martin era maçon. Por isso muitos protestaram quando seus restos mortais foram transferidos para a Catedral.

Do lado direito fica o El Cabildo ou simplesmente Museu Histórico Nacional. Às segundas fica fechado. Não conheci e acho que não perdi muita coisa. Do lado esquerdo fica a Casa Rosada, sede do governo. Não dá para visitar a Casa Rosada por dentro, não sei se um dia voltará a ter visitas. O que chama atenção hoje é a troca da guarda, quase igual à troca da guarda inglesa.  Acontece todos os dias, em horas ímpares, das 11h às 17h.

Esses três locais turísticos ficam na Plaza de Mayo, a praça mais importante da cidade. No centro da praça é onde, às quintas-feiras, mães que perderam seus filhos durante a ditadura militar, se reúnem para lembrar as mortes e desaparecimentos. Elas são chamadas de Madres de la Plaza de Mayo.

De lá pegamos um transfer que nos levou até Caminito, em La Boca, um bairro de periferia onde fica o famoso estádio La Bombonera, do Boca Juniors. Caminito é um lugar de artistas, com muitas exposições e dançarinos de tango que a toda hora te chamam para dança ou tirar fotos e depois te cobram um valor de acordo "com a cara do freguês". Ah! Lojinhas de souvenir é o que não falta! As casas são super coloridas, em algum momento você pode até achar que está no Pelourinho... tinha um grupo tipo Olodum tocando. Mas apesar de interessante, o lugar não é tão confiável. É bom andar em grupos ou se manter nos locais mais movimentados.

Fomos para Av. Corrientes de onde pegamos outro transfer que nos levaria ao Tren De La Costa, até Tigre, uma pequena província a 32 km de Buenos Aires. A cidade era o reduto da aristocracia portenha na década de 30. O passeio pelo Delta começa a partir desta cidade.

Fomos de carro até San Isidro, uma linda cidade, onde os porteños passam seus fins de semana. A estação é uma graça. Aproveite o supermercado para comprar uns sanduíches e bebidas para o passeio que vem pela frente. Lá tem uma feirinha bem bacana.

O trem nos levou direto a Tigre. Aproveite para ver a bela paisagem. Bem diferente de San Isidro, Tigre é um bairro residencial, com muitas construções antigas. Passamos pelo mercado das frutas, onde fica o porto que recebe as madeiras das ilhas do Delta. Tigre é famoso pelo remo e pelas lojas que vendem móveis de madeiras e vime.

As casas da ilha, que beiram o rio, toda sexta-feira recebem produtos e utensílios pelo barco-mercado. Para sinalizar a parada do barco, tem que colocar uma sacola no deck. Aliás, todo o abastecimento é por barco. Muuito louco viver assim. As casas são suspensas por conta da maré, que sobe em época de cheia.

Voltamos de trem até San Isidro e de lá fomos de carro até a Recoleta, onde ficamos. O passeio mais mórbido é visitar o cemitério, mas tem que ir, só para ver. O pior que é bonito. Evita está lá! Aliás, é por isso que todos vão. Mas é um pedacinho pequenininho. Passa quase desapercebido.

Recoleta é um bairro chique de Buenos Aires. Tem ótimos hotéis e restaurantes caros. Lá que fica a Floralis Generica, na Plaza de Las Naciones (em frente à Universidade). É uma escultura em formato de flor que se abre pela manhã e se fecha pela noite. Muito bonita.

Seguimos explorando o bairro, andando pela Alvear, Posadas e Callo. Este triângulo é um dos mais chiques e "europeus" de Buenos Aires. As construções são muito bonitas e as ruas bem charmosas. Bem perto fica o Patio Bullrich (Av. Del Libertador, 750), um shopping bem simpático e pequeno.

Por hoje é só. Hoje o dia foi bem puxado...

Dica: comprar vinho numa loja na Av. Corrientes na altura da 25 de Mayo. Lá eles já embalam para viagem. Esqueci o nome da loja... Ela é bem grande, de esquina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo seu comentário! Logo ele será publicado.